Equipa de Cuidados Continuados Integrados
O envelhecimento demográfico e as alterações epidemiológicas, de comportamentos sociais e familiares da sociedade portuguesa, determinam ao longo dos últimos anos novas necessidades em saúde, sendo para tal importantíssimo reorganizar respostas mais adequadas.
Apesar dos enormes progressos das ciências da saúde terem tido um papel importante no aumento da longevidade, acontece que a realidade portuguesa fica muito aquém dos padrões médios europeus, mostrando que os últimos anos de vida são na maior parte das vezes caracterizados por situações de fragilidade e de incapacidade, os quais estão intimamente relacionados com situações passíveis de prevenção.
Estas alterações demográficas manifestaram-se através da inversão das pirâmides etárias, reflectindo assim o envelhecimento da população. Deste modo, envelhecer com saúde, autonomia e independência constitui um desafio à população e a cada um de nós pela responsabilidade de melhorias e ganhos na saúde.
Deste modo, é importante pensar no envelhecimento ao longo da vida de um modo preventivo e promotor da saúde e da autonomia, mudando comportamentos e atitudes da população em geral e dos profissionais de saúde.
Para que ocorra esta mudança de comportamento social é necessário mudar mentalidades e ver o envelhecimento como uma parte natural do ciclo de vida, e os idosos como uma parte da população igualmente importante e rentável.
Vejamos que Portugal será o quarto país da União Europeia com mais idosos e o sexto da OCDE com maior índice de dependência de idosos.
Assim, para um cuidar mais personalizado e favorecedor de prevenção da doença e promoção da saúde, foi criada pelo Decreto-Lei nº 101/2006 de 6 de Junho de
A RNCCI prevê que os cuidados prestados aos idosos/pessoas com dificuldades de mobilidade e perda de autonomia sejam cuidados pluridimensionais orientados para a melhoria da qualidade de vida realçando a reabilitação e promoção da autonomia e na participação dos utentes e famílias.
Esta rede de cuidados continuados prevê a prestação de cuidados a vários níveis e com diferentes tipologias: unidades de internamento; ambulatórios; equipas hospitalares e equipas domiciliárias. Apesar de existir a possibilidade dos cuidados serem prestados numa instituição, estes devem ser preferencialmente cuidados em contexto domiciliário.
A Equipa de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) é, deste modo, “uma equipa multidisciplinar da responsabilidade dos CSP e das entidades de apoio social, para a prestação de serviços domiciliários, decorrentes da avaliação integral, de cuidados médicos, de enfermagem, de reabilitação e de apoio social, ou outros, a pessoas em situação de dependência funcional, doença terminal ou em processo de convalescença, com rede de suporte social, cuja situação não requer internamento mas que não podem deslocar-se de forma autónoma”. (Artigo 27º do DL 101/2006, de 6 de Junho de 2006)
Esta equipa visa apoiar-se nos recursos locais disponíveis, no campo de acção de cada Centro de Saúde e do serviço local da Segurança Social, associado a outros serviços comunitários. Esta integra os profissionais médicos, de enfermagem, de reabilitação, de apoio social e psicológico e outros destinados à prestação de cuidados domiciliários. (artigo 27º do DL 101/2006 de 6 de Junho de 2006)
Prevê-se que cerca de
Este projecto da ECCI abrangerá toda a área geográfica do concelho de Odemira num total inicial de 20 vagas. Prevê-se o estabelecimento de diversas parcerias a todos os níveis de acção, alargando o mais possível o conceito de Modelo Integrado, de modo a permitir desenvolver acções mais próximas dos utentes idosos, capa citadoras da sua autonomia e independência, acessíveis e sensíveis às necessidades mais frequentes.
Nesta equipa estarão incluídas duas profissionais, uma médica e uma enfermeira com formação especializada para dar apoio a situações paliativas.
População alvo
Pessoas com situações de perda de autonomia, portadoras de diversos tipos e níveis de dependência, que necessitem de intervenções sequenciais de saúde e apoio social, residentes no Concelho de Odemira.
Esta população poderá dividir-se em grupos alvo de cuidados, os quais englobam, pessoas com fragilidade quer a nível funcional, quer a nível psíquico, sendo uma situação progressiva ou permanente, bem como pessoas em cuidados paliativos.
Actividades
Identificação de utentes em situação de risco/presença de perda da autonomia
Caracterização dos utentes/famílias em situação de dependência ou risco de perda de autonomia
Realização de VD com o intuito preventivo, curativo e reabilitador aos utentes/famílias em situação de dependência
Realização de VD com intuito preventivo, curativo, reabilitador e acções paliativas aos utentes/famílias em situação de dependência
Articulação com o serviço local da segurança social e outras instituições da comunidade que participam na prestação de cuidados
Atendimentos telefónicos
Programa de formação em grupo dirigida a cuidadores formais/informais com défice de conhecimento
Articulação com a ECL/ transferências para outras tipologias da RNCCI